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Estágios de Evolução

Falamos de mudança de consciência, de paradigma, de quem somos, mas a verdade é que esta linguagem não é familiar à nossa educação, gerando muita estranheza quando ligamos à ela.

Dizer que essa forma de consciência muda não só a forma como vemos a nós, a nossa vida e mundo, que muda tudo que atraímos até nos como experiência pode ser um verdadeiro quebra-cabeças e até frustrante, como é que afinal conseguimos medir essa evolução ? Como é que pudemos contribuir manifestando nosso potencial

A verdade é que últimos dois anos caminho desenvolvimento pessoal e coletivo tem sido influenciado pelas redes sociais e as suas partilhas nos mais diversos campos da ciência à espiritualidade, do coaching à psicologia, em temas como auto consciência, conetar ao coração, auto desenvolvimento, pensamento positivo, quântica, budismo, e a verdade é que as vezes tanta informação pode lançar ainda mais confusão, separação, competição, julgamento, diferenciação.

Nem os estágios de evolução geram consenso neste plano, dependendo da abordagem podem ser 3 ou 4, eu considero que mais importante dos que os classificar, é termos uma compreensão sobre os mesmos, isso sim pode marcar a diferença no entendimento interior sobre nós mesmos.

A partilha será dividida entre os vários estágios, para que os possamos sentir e refletir, hoje que será apenas sobre primeiro estágio, meu desejo que estas informações possam trazer-vos uma perspectiva prática e empoderadora sobre a jornada individual, onde vamos da vitima a unidade.

Primeiro estágio de evolução é Vitimização e Matriz da Sobrevivência

Neste estágio vivemos uma realidade baseada na matriz de sobrevivência e escassez, onde nos sentimos totalmente desempoderados sobre as experiências que estamos a viver, acreditamos que a vida acontece-nos, que não temos poder sobre a vida, sobre as escolhas, que somos parte de um sistema.

Neste estágio acreditamos que a vida nos acontece, sentimos que não temos grande opção de escolhas frases como :

. Aprendi assim ...

. Fui educada/o assim...

. A vida é assim..

. Eu sou assim ...

. A culpa é de ...

. Não posso fazer mais ...

. Foi o pai/mãe ou outro alguém ...

. O meu chefe ...

. A relação ...

Mas, talvez o padrão ressalte mais seja a vitimização, onde estamos desconetados do nosso poder interior, do nosso potencial onde uma parte significativa de nós acredita que somos vítimas das pessoas e circunstâncias, do trabalho, dos desafios ou das oportunidades.

Na realidade neste estágio vivemos em piloto automático a responder ao que acontece em cada momento das nossas vidas, a reagir e não a interagir, neste estágios vivemos a culpa, a vergonha, os medos, oscilamos entre a reação, a resistência e a culpabilização dos outros pelas nossas circunstâncias, até ao dia que que os desafios nos irão transformar, até ao dia que o vazio interior se torna insuportável, até ao dia que vislumbramos que pode ser diferente.

E a diferença não começa de forma fácil, começa com assumir total responsabilidade pelas circunstâncias onde estamos, por querer reindivicar esse poder interior, começa sempre com uma escolha fora dos padrões habituais.


Neste estágio de evolução o desejo é ser normal, viver num estado de consenso com as outras pessoas, não sobressair demais, por outro lado neste estágio existe desejo pela segurança pelo status, ter casa, ter carro, ter emprego, vida “normal”.

O que é viver essa normalidade e esse consenso, é viver segundo crenças, valores, moralidades, religiões, julgamento certo ou errado, onde precisa de se encaixar para pertencer, onde cumpre horários, rotinas.

A matriz mais aprofundada neste estágio é da culpa, onde culpamos a educação, os pais, a sociedade, o governo, patrão, as escolas, a relação, os filhos, a situação, ou seja onde a responsabilidade sobre tudo que acontece na nossa vida está fora de nós, nas circunstâncias e/ou nas pessoas, onde sentimos limitados nas nossas capacidades, direitos, sonhos e vida.

Um dia a bolha rebenta por algum lado, seja pela saúde que se vai, o emprego que se foi, a relação que já era, percebemos que algo não está certo porque existem padrões a repetir, e não pudemos continuar a culpar outros, numa mistura de desespero, raiva, frustração e revolta somos impulsionados a fazer algo.

Esse algo é o movimento para o segundo estágio de evolução, onde a primeira escolha é a vontade de mudança e transformação, onde abrimos um espaço ao desenvolvimento pessoal, ao auto conhecimento e começamos a perceber que somos os manifestantes da nossa vida, começamos a fazer algumas escolhas individuais baseadas no que queremos.

Este é o estágio da individualidade, deixamos de querer fazer que outros fazem, de viver num consenso que nos encolhe, que nos incapacita, dá-se aqui o estado de revolta que pode ser gerado por um divórcio, uma perda, saúde, trabalho, tudo junto, existe uma chamado interior a ser livre, deixar de se moldar pela vontade e as ideias dos outros, começamos a ter a percepção personalidade individual.

Mudamos não só a percepção sobre nós, como de tudo que nos rodeia, começamos a não nos identificar com inúmeras crenças, valores, ideias, projetos, começamos a questionar tudo e o que faz ou não sentido para nós.

Aqui neste estágio damos conta dos pensamentos independentes, mergulhamos na investigação interior, em cursos, livros, terapias e afins na busca de ter um entendimento maior sobre nós, a vida, universo e tudo que nos rodeia.

Estes estágio tem um inicio atribulado porque vamos de identificação com tudo e com todos, o dito “normal “ para a não identificação com familiares, amigos, relações e afins, percebemos que as nossas crenças nada tem haver com outros – atenção isso não faz do outro errado, faz dele o processo dele – começamos a questionar local onde vivemos, onde trabalhamos, com quem falamos, enfim tudo é motivo de auto questionamento.

Seja qual for o desafio que traz a este estágio ele é o impulso da Alma à evolução, é quando “eu começo a fazer por mim”, é quando temos consciência que a culpa não é dos outros mas fruto das nossas escolhas, das nossas crenças, das programações, dos pensamentos e das ações e queremos assumir as rédeas.

A constatação de que não somos as vítimas mas o criadores pode ser muito duro e levar muitos de nós recuar para a zona de conforto várias vezes, muitos não querem sentir essa sensação de alienação de si mesmos, de não ser normal,

Neste segundo estágio mergulhamos em nós, nessa auto descoberta interior de afinal quem sou Eu ? começamos num processo de desconstrução e construção onde as nossas ações, escolhas e foco são muito auto orientadas para a realização pessoal.

Saímos da vitima para senhores da nossa vida, onde criamos, conquistamos, escolhemos e alcançamos objetivos e sentimos realmente que demos um passo gigante no nosso caminho, neste estágio estamos essencialmente numa energia masculina, mental para fazer acontecer, focados e determinados, entramos num estágio compensatório.

Neste estágio muitas vezes acontece que a pessoa permanece nesse estado de revolução interior e exterior, onde mantém a matriz do julgamento muito presente ainda relativamente aos outros e à sociedade.

Neste estágio temos a percepção que o foco e determinação podem levar-nos onde desejamos, com esforço e perseverança, com controlo aprendemos a reescrever a nossa história.

Passado para o terceiro estágio de evolução, onde saímos da energia masculina para uma energia predominante feminina, onde toamos consciência que somos o fluxo que apenas precisamos de permitir que tudo manifeste através de nós, onde sentimos tantas e tantas vezes que estamos conectados a tudo, um senso de que as nossas realizações são manifestação de algo maior do que os nossos sonhos, mas onde a gratidão e a humildade estão muito presentes.

Este estágio tem o principio da energia feminina, porque é onde é gerada a criação de tudo no Universo, é quando tomamos consciência que somos parte desse potencial, dessa Centelha Divina Manifestada, onde permitimos abandonar a necessidade de controlar e permitimos ser esse potencial da Alma em ação .

Neste estágio temos a consciência de que Alma, que faz parte de tudo que existe chamemos-lhe Deus, Universo, Fonte Criadora ou qualquer outro, é a guia onde permitimos conetar a um novo potêncial, a uma história baseada nesse potencial que a Alma deseja manifestar, onde somos invadidos por um senso de segurança e confiança interior que sabemos que é da Alma.

É aqui que nos rendemos ao fluxo cósmico, onde toda a criação flui através de nós.

Este estágio pode vir desse foco, esforço e determinação do estágio anterior, ou de uma limite onde não existe outra opção senão a rendição, abrimos à Alma e a ser conduzidos por ela.

Quarto estágio de evolução é a Unificação dessa energia masculina e feminina, na Unidade, no Um manifestado neste plano, onde a vida está fluir e acontecer para nós, onde percebemos que esse poder interior que vem dessa força cósmica acontece dentro de nós e através de nós, abandonamos a necessidade de controlar, percebemos que algo muito maior que algum dia podíamos sonhar se move através de nós, se manifesta em nós e através de nós, vamos permitir que a nossa forma humana funda com essa força criadora em ação onde nos tornamos unos com o todo.

No terceiro estágio de evolução já sentimos essa sensação do fluxo cósmico em ação, ficamos deslumbrados com as sincronias, com a magia da vida, mas no quarto estágio temos a total consciência que tudo acontece através de nós.

Neste último estágio onde a total rendição ocorre, perdemos todo e qualquer separação com tudo que nos rodeia, abrimos a unidade onde percebemos que tal como nós somos um todo, fazemos parte do todo, nessa Unidade e um fluxo criador cósmico toma conta de tudo, todas as nossas experiências, relacionamentos, ações, são uma expressão dessa Alma e Universo.

Temos percepção e a consciência que somos a Fonte em ação, que somos únicos mas ao mesmo tempo esse todo manifestado.

A intenção desta partilha é trazer reflexão sobre as nossas experiências, os seus estágios, a nossa percepção sobre nós mesmos e como pudemos ser fonte sustentador dessa jornada, apesar texto ser longo é partilha bastante resumida, que pode ajudar-nos a todos na jornada individual e coletiva.


Fica atenta/o à percepção da mente pois ela vai querer estar num estágio acima da realidade, colocar os outros abaixo, o que vai dizer bastante sobre o estágio.


Nota importante a maioria de nós oscila entre dois ou mais estágios, 70 % da população está no primeiro estágio, 20 % está no segundo estágio, e a percentagem não está divida entre os dois últimos estágios, por isso pudemos ter uma real consciência do que em termos evolutivos vão ser os próximos anos porque a intenção é que o primeiro estágio de evolução reduza para 30 % e os restantes aumentem, sendo realistas sabemos que este será um processo coletivo avassalador de muitas formas.


Grata pela tua presença, por teres lido até ao fim, quanto a mim é importante que todos de uma forma ou outra contribuem, todos podemos escolher como contribuir a partir do segu


ndo estágio de evolução, desejo-te uma semana maravilhosa, fico aguarda teu feedback a esta partilha.


Abraço com Amor



Ana Tavares


 

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